Resumo: |
Os idosos utilizam um número elevado de especialidades farmacêuticas, sendo o grupo etário mais medicalizado. O uso irracional da terapia medicamentosa se traduz em consumo excessivo de produtos supérfluos, ou resultantes da automedicação, e a subutilização dos essenciais para o controle das doenças. Por meio de pesquisa não sistemática em base de dados, livros, revistas e periódicos que abordam os temas automedicação e idosos, este artigo apresenta uma discussão sobre a importância da assistência farmacêutica no cuidado do idoso. A apropriação dos saberes profissionais por leigos em assuntos médicos e farmacológicos é considerada no questionamento do uso incorreto e irracional de medicamentos. A assistência farmacêutica é discutida como uma nova atuação do profissional de farmácia na prestação de serviços de atenção primária à saúde dos idosos. Utilizando a assistência farmacêutica, este profissional aconselha o melhor recurso terapêutico a ser adotado nos casos em que consultas clínicas não sejam necessárias. Além disso, o atendimento farmacêutico ajuda na triagem dos pacientes que necessitam de atendimento médico. Conclui-se que a utilização do saber do farmacêutico na atenção primária ajuda a diminuir os riscos associados à automedicação e os problemas relacionados ao uso de medicamentos, contribuindo para a melhoria dos níveis de saúde da pessoa idosa. No presente trabalho será verificado que, sendo a hipertensão arterial uma das causas mais importantes de morbidade e mortalidade prematura, não só pela sua alta incidência, como também por constituir fator de risco de doenças coronarianas e acidente vascular cerebral, surpreende o fato de até recentemente os idosos hipertensos terem merecido pouca atenção dos investigadores. O pouco interesse é ainda mais surpreendente quando se sabe que a hipertensão arterial representa uma das causas mais comuns de incapacidade laborativa e da qualidade de vida de pessoas jovens, adultas e, inclusive, idosas. Hipertensão arterial é a denominação médica para a situação conhecida entre o público leigo como “pressão alta” e que, veremos no presente estudo, constitui grave problema de saúde pública em todo o mundo, não só devido aos males que diretamente provoca, como por ser fator predisponente à ocorrência de outras doenças tão ou mais graves. |